A vacinação do gatinho(a) deverá ser inicializada aos 60 dias de vida, salvo algumas exceções estabelecidas pelo Médico Veterinário, como desmame precoce, mãe com ausência de vacinação, entre outros, o qual podemos antecipar a vacinação. O filhote deverá estar saudável para o início da formação de anticorpos (primeira vacina) e esta avaliação deverá ser feita somente pelo médico veterinário. Vale lembrar que as vacinas éticas, ou seja, aplicadas pelo veterinário são vacinas de melhor qualidade, sendo tomadas todas as precauções de conservação, transporte e armazenamento, desde a produção até o momento da aplicação, além dos estudos constantes feitos por pesquisadores no intuito de atualizar com frequência os antígenos vacinais. Além destes detalhes seu animalzinho será atendido por um profissional que o examinará e passará o melhor esquema de vacinação para que seu gatinho(a), viva saudável e por muito tempo. Se seu gatinho já é adulto, ele precisa de vacina mesmo assim, converse com o veterinário e ele te orientará. Lembre-se: Gatos também devem ser vacinados.

Escolha das vacinas: Após concluir que as vacinas éticas, ou seja, aquelas que são aplicadas e acompanhadas pelo M. veterinário, são as que conferem melhor proteção aos animais, e, portanto são as de melhor qualidade, resta escolher o melhor esquema de vacinação.

Vacina V3: Protege contra: rinotraqueíte, calicivirose e panleucopenia. O filhote deve receber essa vacina com 60 dias de vida, com revacinações a cada 21 dias até completar 3(três) doses, seguindo de uma revacinação anual.

Vacina V4: A mesma proteção da V3 adicionada de clamidiose. A primeira dose e as revacinações devem ser seguidas conforme a V3.

Vacina V5: A mesma proteção da V4 adicionada do vírus da leucemia felina. Esta vacinação é bem recomendada para gatos (as), que saem à rua, o que facilita o contato com gatos doentes, e a infecção pelo vírus. Recomenda esta vacinação em substituição a terceira V3 ou V4, ou como uma quarta vacina, seguida de uma revacinação anual.

Vacina anti-rábica: Previne o vírus da raiva e a primeira dose deverá ser aplicada a partir do quarto mês de vida e a revacinação deve ser anual ou seguindo as recomendações dos órgãos responsáveis em cada região.

Vacina para dermatofitose: Previne ou trata os fungos Microsporum canis, microsporum gypseum e trichophyton mentagrophytes. Para prevenção, recomenda-se 2 doses, com intervalo de 14 dias, seguido de uma revacinação anual. O animal poderá tomar esta vacina a partir do 3º (terceiro) mês de vida, e esta não poderá ser acompanhada de outra vacina ao mesmo tempo.

 

Doenças que as vacinas protegem

Rinotraqueíte viral felina: é causada por um herpesvírus, altamente contagioso, sendo responsável por 45% das infecções respiratórias felinas, os principais sintomas são espirros, febre, conjuntivite, rinite e salivação. O gatinho pode apresentar uma descarga nasal inicialmente serosa, que progride rapidamente em mucopurulenta, apresenta anorexia (falta de apetite), e possui uma taxa de mortalidade de 60% em filhotes.

Calicivirose felina: é responsável por outros 45% das infecções respiratórias em felinos, podendo ser encontradas infecções mistas, de calicivirose e rinotraqueíte, agravando ainda mais a doença. O calicivirus infecta as membranas das mucosas oral e do trato respiratório, tendo como sintoma característico a formação de úlceras na cavidade oral. Os outros sinais clínicos desta doença se assemelham aos da rinotraqueíte. A infecção pelo calicivírus pode potencializar outros agentes causadores de pneumonias, sendo fatal em alguns casos.

Panleucopenia felina: é uma das doenças virais mais difundidas e sérias dos gatos, sendo altamente contagiosa e transmitida através do contato com animais doentes, ou objetos contaminados. Os sinais clínicos incluem febre, anorexia, vômitos, depressão e diarreia, e em filhotes contaminados no útero pode provocar incoordenação motora. É uma doença que provoca uma forte diminuição das células de defesa do organismo, podendo levar a uma alta taxa de mortalidade.

Clamidiose: é causada por um microorganismo intracelular que se multiplica nos epitélios oro nasal e da conjuntiva. Caracteriza-se por uma conjuntivite crônica e rinite moderada. Os sintomas iniciais são febre, secreção ocular, rinite e espirros.

Raiva: Doença viral com sintomas neurológicos que acomete todos os mamíferos. É transmitida pela saliva de animais contaminados (gatos, cães, etc.), e pela mordida de morcegos hematófagos. Não há cura, e é de grande importância em saúde pública por ser transmitida a humanos. O agravante deve-se ao grande número de animais soltos nas ruas.

Vírus da leucemia felina: Trata-se de uma doença viral incurável, transmitida de um animal a outro principalmente através da saliva, porém mães portadoras do vírus são capazes de transmitir a doença através da gestação e da lactação. Tem como principal efeito a capacidade de causar imunossupressão, deixando o indivíduo vulnerável a qualquer tipo de infecção. Os achados clínicos mais comuns são: anemia, doença hepática ou intestinal, distúrbios reprodutivos e neoplasias.

Dermatofitose é uma enfermidade infecciosa produzida por fungos, que afeta cães, gatos e também o homem (zoonose). A transmissão se dá através do contato direto com um animal contaminado, ou indireto, como casinha, cama ou locais frequentados pelos animais. Afeta animais e pessoas de qualquer idade, porém com maior frequência em jovens, idosos e animais com sistema imunológico deficiente. Os animais mais acometidos são aqueles de pelagem longa, principalmente os gatos persas, porém pode atingir qualquer animal.